Nosso corpo cósmico deve ser nosso guia na vida. Nossa alma é que tem o bom senso, ela tem uma série de capacidades. Depois tem o eu que decide, que é nossa cabeça, a qual dirige nosso aparelho mental. O ideal é conseguirmos manipular essa cabeça, de forma a fazer o que nossa alma quer. É ela que tem os sentimentos, que cria a alegria, a sensação de beatitude e de plenitude, de estar feliz, todos os estados de bem estar. É da alma que vem os sentidos da vida. É diferente da lógica, pois esta é uma questão de articulação. A cabeça pode montar tudo com tudo e PARECER! Não é que é, PARECE. O que é vem da alma, e se a cabeça não estiver conectada legal só vai parecer que é, mas não é real. As coisas absurdas estão com as pessoas que não tem bom senso.
Quando a cabeça não está agindo bem, ela provoca os estados depressivos, pode também criar uma série de sofrimentos. O bom senso, o senso do bem, do melhor, que serve para você não é o do outro. Cada um tem o seu bom senso. É diferente um do outro, podemos ser semelhantes, parecido não é igual. O que é bom para você agora, a alma está ajustando para você, não para o mundo, é ela que tem a capacidade de sentir. O sentimento que se diz aqui não é o sentimentalismo, ter pena, ter dó, ser bonzinho (“Ah, ter sentimento é ser bonzinho...” você ACHA),”Fellings “ são infinitos, é a sensibilidade humana de sentir. Gostar de uma pessoa é um nome genérico.
Os sentimentos que você nutre por várias pessoas são diferentes entre eles. Você gosta de forma diferente de cada um, de um jeito diferente. Se você prestar atenção você verá isso. Não podemos viver a vida só no pensar e no agir de acordo com o que pensa. É preciso que se preste atenção em si mesmo, para se conhecer melhor e agir dentro daquilo que você sente e não de acordo com os “deveria” do mundo. Nossa alma tem a capacidade extraordinária de sentir tudo, além do tempo, do lugar, sabe ver o futuro. É dela aquela voz que lhe disse “não vá”, quando daquela festa que você acabou indo e foi uma experiência ruim para você. É ela que nos avisa, que nos dá a intuição do que nos serve ou do que não nos serve. O futuro a gente tem sempre condições de antever por uma série de sinais que ela nos envia. Quando seguimos nossa alma jamais erramos. A pessoa que se sobressai é aquela que usa o “feelling”. Quanto mais eu uso o “feelling” (fico na alma) menos eu erro. Nós temos algo em nós que é para não errarmos nunca. É algo que é capaz de nos orientar no desconhecido.
Por isso, insegurança é quando não estamos seguros em nós mesmos. É da alma que vem a vocação. Você quer isto e detesta aquilo, por exemplo, é dela, e não adianta ficar forçando que só vai sofrer. A alma não é politicamente correta, não é monogâmica. A cabeça quer que você goste igual de todos os filhos, por exemplo, a alma não, ela tem o preferido. O preço de não se segurar na alma é o vazio, nada tem sentido. É falta, é um buraco, é depressão e infelicidade. Pode agitar o que você quiser, fazer festas, rir, se divertir, se não é da alma não está feliz. Pode conseguir o que quiser na vida, coisas materiais, uma vida de luxo, sucesso, mas não preenche, é zero, não tem graça, parece tudo inútil. Quantas vezes seguindo as ilusões, nos empenhamos, conseguimos um monte de coisas e... nada! Não sentimos a plenitude, a leveza de estar na alma. É a derrota com tudo aqui.
Quando crianças somos mais ligados mas, com a educação, vamos seguindo as regras do jogo mundano. Este é o caminho do fracasso, a moral humana, que não é a da alma. Cada ser humano tem a sua própria moral de acordo com seu espírito. A maioria das coisas não corresponde aos anseios de seu espírito. Alegria verdadeira não é excitação, exaltação. Contentamento, felicidade, é algo sereno, calmo, tranqüilo, a gente sente lá dentro e aquilo se espalha ao nosso redor, os outros sentem isso em nós porque isso transparece. Nesse estado até um dia nublado é poético. Tudo é belo e digno de ser vivido quando há felicidade. Felicidade, não estados de excitação e euforia. É quando temos a coragem ou a habilidade para viver como nossa alma quer. Pode ter na cabeça a ambição que quer, ou uma idéia ou coisas belíssimas, não é da alma, não vai preencher, não é nada, é o mesmo que nada tudo isso! Pode ser certinho, na moral, politicamente correto, vai estar vazio, na depressão. Toda essa agitação que temos hoje, tudo o que estamos fazendo, teria que estar preenchendo. Até anda, mas não preenche. Há muita ilusão nos conduzindo, que são os desejos (segundo o taoísmo, do Lao). Lao Tse deixou 82 mensagens. Não segue a lógica e o intelecto, segue a alma, o Tao é o movimento da vida, é dinâmico. Quando não ficamos no ego e seguimos a alma, ela faz para nós. Mas nós temos o hábito de ficar no ego e no tem que fazer e fazer muito. Para nós é fazer e não existe o SENTIR, o ficar aqui dentro.
Espiritualista não é aquele que reza, que tem uma religião e a segue com disciplina ou fervor, é aquele que vive no interior dele, seguindo as inspirações da alma. A gente tem uma sede de sentir. A poesia, a boa música, até uma paisagem, nos leva ali. Tudo que nos encanta é espiritual. Quando as relações humanas são nesse nível, elas são maravilhosas.
Um exemplo de desejo: a pessoa sente solidão e aí resolve ter alguém, e gruda na pessoa, mas continua solitária só porque ninguém vai curar a solidão por estar com alguém. Solidão você sente quando não está na sua alma. Aí vem o desejo de ter alguém. O desejo não é o mapa certo. AS coisas não estão dando certo na sua vida porque você não está seguindo os seus padrões. Nós somos muito apegados ao mundo externo, ao materialismo. A única chance que temos para ser feliz é estar na alma. Quando estamos na alma as coisas dão certo, é um certo que soma e soma, soma em felicidade. Tem amplitude, tem razão de existir.
A doença é o afastamento de si. A doença, a tristeza, é estar aqui vivendo mas não estar existindo. Todos querem ser felizes e se realizar, mas não conseguem porque estão nos padrões, nas regras do mundo. Este é o ego. O problema existencial humano é o conflito entre o ego e a alma.
Consciência Espiritual Independente – curso com Gasparetto