Assim, se quisermos conhecer a vida interna do sistema solar, ou da Terra, ou da galáxia, devemos começar por conhecer nossos próprios Mundos Internos. Ninguém poderia conhecer a ninguém, observando unicamente a forma física, o corpo físico. Se vamos a uma festa, veremos muitas pessoas que dançam alegres, felizes, mas na realidade e de verdade só vemos delas a mímica, escutamos sua voz sonora, sua gargalhada, ou descobrimos o “sorriso sutil de Sócrates”, seu conteúdo, mas nada sabemos em verdade sobre a vida interna de tais pessoas. Ver a personalidade física, ou ver personalidades físicas (para falar de forma pluralizada), não é descobrir a vida interna das pessoas. Isso de que “eu conheço fulano”, ou “conheço fulana”, resulta absolutamente falso, porque ninguém pode conhecer ninguém se antes não se conhece a si mesmo.
Dizer que “conhecemos um amigo”, que “conhecemos sua vida íntima”, que “é um amigo íntimo”, é exagerar a coisa, porque não poderemos em verdade conhecer intimamente a ninguém, enquanto não tenhamos conhecido a nós mesmos. Mas se alguém conhece seus próprios mundos internos, pode conhecer também a vida interna das pessoas que o rodeiam.
Quando alguém descobre sua vida interna, quando conhece seus erros psicológicos, torna-se melhor amigo, melhor irmão, melhor filho, melhor cidadão, porque então compreende melhor os outros. Se alguém vem a saber, por si mesmo, que tem ira, pois compreende a ira dos outros e não exige deles que não a tenham, posto que ele sabe que a tem. Se alguém descobre que é ciumento, não incomodará os outros com seus ciúmes, não poderá exigir que os outros não sintam ciúmes, porque se ele os tem, dirá a si mesmo: “Os outros, obviamente, terão de tê-los”. Assim, é necessário refletir bastante em todas essas coisas.
Chegou a hora de nos tornarmos mais compreensivos. Não poderíamos, repito, conhecer a vida interna deste planeta Terra, se antes não conhecemos nossa vida interna. Não poderíamos conhecer a vida interna de um amigo, isto é, não poderíamos conhecer de verdade um amigo se antes não conhecemos a nós mesmos.
Portanto, o conhecimento de si mesmo é fundamental quando alguém quer explorar algo, quando quer conhecer os mundos internos do planeta Terra, quando quer inquirir, ou buscar, ou indagar algo sobre os Mistérios da Vida e da Morte.
Por:
(Samael Aun Weor, conferência O Que São os Mundos Internos)
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